O alcoolismo sempre foi visto pela medicina contemporânea como uma doença crônica e extremamente difícil de ser tratada. Hoje, no entanto, a pesquisa científica evoluiu e é possível propor um tratamento para alcoolismo eficaz por meio do Método Sinclair, também conhecido tecnicamente como Extinção Farmacológica.
Além de conseguir tratar eficazmente o alcoolismo , a eficácia farmacológica tem outras vantagens: não exige o reconhecimento do alcoolismo por parte do paciente, não há internação, desintoxicação ou abstinência. Confira mais informações sobre esse tipo de tratamento abaixo.
Tratamento para alcoolismo com o Método Sinclair
O tratamento para alcoolismo com o Método Sinclair é fruto do trabalho de pesquisa de um cientista finlandês chamado John David Sinclair. Atualmente, há uma série de estudos clínicos controlados com placebo que apontam sua eficácia, demonstrando que 80% dos alcoolistas que tentam o método obtido melhoraram significativamente.
O que é o Método Sinclair
O Método Sinclair para uma pessoa inspirada é bastante simples quando comparado a outras opções. Afinal, não é necessária a admissão do alcoolismo, nem a desintoxicação, a internação e a abstinência. Com isso, a decisão de aceitar o tratamento passa a ser bem mais fácil.
O método é baseado no uso de um antagonista de receptores de endorfinas para evitar que o álcool consiga promover o reforço positivo. Em uma pessoa que ainda não se tornou dependente, isso Prevenir o alcoolismo. Já quando uma pessoa é considerada alcoólatra , isso reverte o processo cerebral causador do alcoolismo.
Ele consiste em tomar um remédio bloqueador do receptor de opioides – aprovado pela FDA e pela ANVISA para o tratamento do alcoolismo – toda vez que for beber. Esse remédio faz com que o cérebro “desaprenda” ou alcoolismo.
Para obter o resultado desejado, é preciso seguir o método por 4 a 12 meses. O medicamento é controlado e vendido apenas com prescrição médica, mas não gera muitos efeitos adversos ou alterações na consciência e não causa dependência.
Resultados do Método Sinclair
Quando o assunto é tratamento para o alcoolismo com o Método Sinclair, existem três resultados possíveis: a resolução do problema, a melhora significativa ou a falha terapêutica, já que nenhum tratamento é eficaz para 100% das pessoas.
Na maioria das vezes, já é possível começar a observar resultados positivos nos primeiros dois meses de tratamento. Passados de quatro a seis meses, normalmente, observam-se resultados mais robustos e claros.
Limitações do Método Sinclair
Nenhum tratamento para alcoolismo consegue resolver todos os casos. Então, por mais eficaz que seja, o Método Sinclair também tem suas limitações. A seguir, confira algumas delas.
Apesar de muito simples, esse tratamento para alcoolismo ainda exige algum grau de comprometimento do indivíduo. Afinal, a pessoa tem que estar disposta a tomar um comprimido antes de ingerir o álcool. Isso é fácil e simples, mas requer um nível mínimo de compromisso.
Algumas pessoas ficam muito agressivas quando bebem. Nesses casos, é necessário garantir a segurança do paciente e de terceiros antes de iniciar o método. Por exemplo, pode ser combinado que a pessoa só vai poder beber em casa e/ou que ela só vai poder beber fermentados para evitar situações de risco.
Alguns indivíduos têm importantes problemas emocionais que servem como gatilho para o uso descontrolado de álcool. Em situações assim, é necessário identificar e tratar o problema emocional, pois ele pode ser uma das causas do uso descontrolado do álcool por essas pessoas.
Vantagens do Método Sinclair
Com esse método é possível reverter os processos biológicos que acarretam a doença. Por isso, ele tem cerca de 80% de resultado positivo, enquanto outros tratamentos têm uma taxa de 10 a 15%.
Ao contrário dos outros métodos de tratamento para alcoolismo, no Método Sinclair a desintoxicação é feita gradualmente, à medida que a pessoa vai reduzindo a quantidade de bebida. Isso é vantajoso, pois a abstinência abrupta pode acarretar um episódio de confusão mental, por exemplo.
O Método Sinclair também não requer abstinência completa, abrupta e imediata. Assuma-se que o alcoolista vai beber, mas isso é visto como uma oportunidade para enfraquecer os circuitos do sistema de recompensa cerebral reforçados pelo comportamento de beber e promover a melhora dessa conduta.
