Saiba o que é Spravato e como o medicamento pode contribuir para o tratamento da depressão

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Médico escrevendo uma prancheta. Ele está em pé, no corredor de uma clínica.

Pacientes com depressão resistente podem contar com o auxílio do Spravato. Desenvolvido pela empresa Janssen, o fármaco oferece esperança a quem sofre com o transtorno por apresentar boa tolerabilidade e alívio rápido dos sintomas.

Este artigo explica a atuação do produto no organismo e responde dúvidas comuns sobre o tratamento. Continue acompanhando a seguir.

O que é Spravato?

Segundo o Dr. Ivan Barenboim, o Spravato é um medicamento derivado da cetamina, com cloridrato de escetamina como princípio ativo. “Ele é indicado para transtorno depressivo maior, quando não houver resposta adequada a, pelo menos, dois antidepressivos diferentes, na dosagem necessária para tratar episódios moderados e graves”, explica.

O uso da substância foi aprovado pela U.S. Food and Drug Administration (FDA) em 2019 para o transtorno depressivo resistente e, em 2020, para o transtorno depressivo com ideação suicida.

No Brasil, o Spravato foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 2020. Na forma de spray nasal, a solução é desenvolvida pela Janssen, parte da multinacional Johnson & Johnson.

Para que o Spravato serve?

Após entender o que é, vale saber para que o Spravato serve. O remédio é utilizado em conjunto com os antidepressivos tradicionais para reduzir os sintomas em pacientes adultos.

Ele apresenta melhora rápida e significativa do quadro depressivo, diminuindo as sensações de tristeza, ansiedade, apatia e ideação suicida.  

Como o Spravato funciona?

A escetamina Spravato atua como um modulador do receptor de glutamato, restaurando a função normal de regiões cerebrais relacionadas à regulação do humor e ao comportamento emocional. Ele demonstra efeitos visíveis pouco tempo após a aplicação.

A eficácia rápida do tratamento foi demonstrada em estudos realizados em diversos centros de pesquisa, inclusive no Brasil. A conclusão é que o Spravato começa a atuar em menos de 15 dias após a administração da dose terapêutica mínima, diferenciando-se de outras medicações antidepressivas.  

O Spravato é indicado para quem?

O medicamento Spravato é indicado para pessoas adultas, com quadro clínico de depressão moderada ou aguda, que não respondem aos tratamentos convencionais ou apresentam risco de suicídio. 

A segurança e a eficácia não foram estabelecidas na administração do produto em pacientes pediátricos. Portanto, ele é contraindicado para crianças e adolescentes com menos de 18 anos.

O uso também não é recomendado para pacientes com mais de 65 anos, gestantes e lactantes. Nesses casos, é necessária a avaliação do psiquiatra, que determinará se a solução poderá ser administrada.

Como o spray nasal Spravato é usado?

O spray nasal Spravato pode ser facilmente administrado pelo próprio paciente, em um estabelecimento especializado de saúde. A supervisão de um profissional da área é necessária para explicar como espirrar o produto no nariz.

Geralmente, o indivíduo é instruído a permanecer sentado em uma poltrona confortável, com a cabeça levemente inclinada. Ele deve inspirar gentilmente o remédio e permanecer em repouso por alguns minutos.

Antes e após a aplicação, o paciente tem a pressão sanguínea aferida e o estado de saúde monitorado. O tempo de permanência na clínica ou no hospital é de aproximadamente 90 minutos após a administração de Spravato, quando estará pronto para ir embora.

Quais são os efeitos colaterais do Spravato?

Segundo a bula, o Spravato pode apresentar efeitos colaterais. Eles costumam ocorrer após a administração, mas tendem a ser de curta duração. Por isso, o paciente deve permanecer na clínica ou no hospital, preferencialmente em ambiente relaxante, sob supervisão de um profissional de saúde.

Cada pessoa reage de forma diferente ao fármaco, manifestando reações adversas variadas. Por isso, o especialista em Psiquiatria deve verificar regularmente o estado de saúde, e se for preciso, interromper o tratamento. Entre os efeitos usuais, destacam-se:

  • sensação de estar desconectado de si;
  • ansiedade;
  • mudança no paladar;
  • tontura;
  • sonolência;
  • sensação ou sensibilidade reduzida ao redor da boca;
  • dor de cabeça;
  • vertigem;
  • vômito;
  • náusea;
  • pressão arterial elevada.

Diferença entre o tratamento com escetamina intranasal e endovenosa

Além da versão intranasal, existe a escetamina endovenosa. Ambas são realizadas em clínicas psiquiátricas, com supervisão médica, e possuem efeitos colaterais semelhantes.   

No entanto, o tratamento intranasal tende a ser significativamente mais caro, trazendo os mesmos benefícios ao paciente. Por essa razão, até o momento, a Clínica Ór trabalha apenas com o medicamento endovenoso, democratizando o tratamento para a depressão resistente.    

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Clínica Ór Psiquiatria

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