Tratamento com cetamina para depressão: saiba mais sobre o procedimento

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Médico segurando uma seringa nas mãos.

Especialmente nos casos em que os antidepressivos ainda se mostram ineficientes, o tratamento com cetamina para depressão surge como uma alternativa inovadora e eficaz para muitas pessoas. Por se tratar de um método mais recente, é comum que ele ainda desperte muitas dúvidas. 

Pensando nisso, o blog da Clínica Ór preparou esse guia para você entender o que é cetamina e aprender como funciona o tratamento a partir do uso desse medicamento. Continue a leitura.

O que é a cetamina?

A cetamina surgiu há cerca de 60 anos como um anestésico. Atualmente, ela é usada para o tratamento da depressão resistente. Ela é aprovada pela agência Food and Drug Administration (FDA) e está presente na lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial de Saúde (OMS).

No Brasil, a cetamina endovenosa ainda é off-label para depressão, mas é aprovada pela Anvisa como anestésico há décadas. Mais recentemente, a versão intranasal do isômero escetamina foi aprovada pelo órgão brasileiro para o tratamento do transtorno. 

Em quais casos de depressão é indicado usar cetamina?

O uso de cetamina para depressão é indicado para pessoas que não respondem bem ou não toleram o tratamento convencional com antidepressivos. Além disso, é aconselhado para quem apresenta ideação suicida e risco de suicídio.

O medicamento também vem sendo estudado como alternativa para aliviar sintomas de outras condições, como o transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e até o alcoolismo, dependendo do caso.

Contraindicações e riscos

A terapia com cetamina para casos de depressão apresenta poucas contraindicações. Contudo, quem tem problemas cardiológicos graves ou instáveis e sintomas psicóticos agudos não pode usar o medicamento. 

Na ausência de contraindicação, o procedimento é muito seguro — desde que tenha supervisão da equipe de saúde e monitoramento de sinais vitais. Por esse motivo, é fundamental que todo tratamento com cetamina para depressão seja realizado em uma clínica psiquiátrica ou um hospital, com profissionais especializados e equipamentos adequados. 

Qual é a efetividade do tratamento?

Há evidência científica conclusiva da eficácia do tratamento com cetamina para depressão maior, depressão bipolar e dor crônica. Para todas essas indicações, há revisões sistemáticas e metanálises que comprovam a eficácia e a segurança do procedimento.

Como é a experiência do tratamento para depressão com cetamina?

A administração do medicamento é lenta: é aplicada uma dose baixa durante 40 minutos. Quando o paciente fica acordado, é normal que experiencie sensação de leveza e flutuação ou dificuldade de controlar o corpo. Ele também pode sentir:

    • dormência na área ao redor da boca;
    • dissociação mente-corpo;
    • aumento da sensibilidade auditiva.

 

Geralmente, todas essas sensações ocorrem dez minutos após o início da aplicação do fármaco. Apesar de algumas pessoas não gostarem da reação corporal, a grande maioria dos pacientes tolera bem o tratamento. 

A maior parte das pessoas descreve a experiência do tratamento com cetamina como agradável. Para relaxar mais, muitos pacientes gostam de ouvir música durante a infusão. O importante, entretanto, é não se preocupar com sensações estranhas, pois elas são esperadas e passageiras.

Como a cetamina atua no cérebro?

Diferentemente dos tratamentos convencionais para depressão, a cetamina atua como um modulador glutamatérgico, ativando o receptor AMPA, enquanto bloqueia o receptor NMDA. Assim, o medicamento promove a produção dos materiais necessários para reparar os danos causados pelo transtorno, promovendo a regeneração sináptica. 

A cetamina causa dependência química?

Ao compreender os principais detalhes do tratamento com cetamina para depressão, é comum se perguntar se o medicamento pode causar dependência química ou algum tipo de vício. Pessoas com essa tendência, que usam o fármaco como droga em baladas e em conjunto com outras, podem, sim, ficar viciadas.

Todavia, no tratamento da depressão, o paciente só tem acesso à cetamina dentro da clínica. Além disso, a dose é estritamente calculada pelo médico e a aplicação é monitorada. Por fim, em geral, o perfil do paciente com transtorno depressivo resistente é diferente do perfil do paciente dependente químico. Por isso, é muito raro que haja problemas com adicção nesse contexto.

O que é possível fazer para otimizar o efeito do tratamento?

Em geral, quando a depressão está em um estado mais crítico, é quase impossível o paciente conseguir fazer mudanças relevantes nos hábitos ou usufruir de intervenções psicoterápicas. No entanto, após a melhora inicial gerada com as infusões, o ideal é buscar maneiras de otimizar o efeito do tratamento com cetamina. Por exemplo, é indicado tratar possíveis traumas psicológicos em alguns casos.

Pensando nisso, para otimizar o efeito do medicamento, também pode ser importante o paciente investir em uma rotina de atividades voltadas ao autocuidado, ao bem-estar e à saúde física e mental. Bons exemplos são atividade física, psicoterapia, meditação ou, simplesmente, redução do nível de estresse.

Conheça o tratamento com cetamina para depressão da Clínica Ór!

Apenas clínicas especializadas podem conduzir um tratamento com cetamina para depressão seguro e eficaz. Equipes preparadas sabem avaliar cada caso e conduzir o procedimento da melhor forma.

Desde 2015, a Clínica Ór já realizou dezenas de milhares de infusões com cetamina. A taxa de sucesso é semelhante à descrita na literatura científica (70%), sem nenhum efeito adverso sério ou duradouro. Então, caso você sinta que esse tratamento pode ser uma boa alternativa para o seu caso, entre em contato e agende uma avaliação.

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Clínica Ór Psiquiatria

Clínica dedicada ao cuidado e tratamento de saúde mental. Oferecemos uma abordagem abrangente e personalizada para cada paciente.

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