Eletrochoque para depressão: entenda o que é

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Mãos em formato de concha, segurando um pequeno cérebro nas palmas.

Você já ouviu falar sobre eletrochoque para depressão? O procedimento é bastante estigmatizado e, muitas vezes, descrito de maneira errônea. Este artigo desmistifica o assunto e explica como o tratamento é realmente realizado. Acompanhe a seguir.

O que é o eletrochoque para tratamento psiquiátrico?

O eletrochoque para tratamento psiquiátrico é conhecido como eletroconvulsoterapia (ECT). Esse método eficaz e seguro é um dos mais antigos para tratar transtornos graves do humor. Apesar disso, ele ainda é visto com preconceito por muitos pacientes e médicos não especialistas.

Desenvolvido na Europa, na década de 1930, o eletrochoque para depressão foi adotado como prática terapêutica após estudos com pacientes psiquiátricos vítimas de convulsões. Segundo pesquisas realizadas na época, notou-se melhora dos sintomas das doenças após as crises.

Infelizmente, esse tipo de tratamento se tornou sinônimo de punição, retratado de forma errada em filmes e programas televisivos. No Brasil, o uso é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), conforme a resolução nº 1.640/2002, que determina o emprego em ambiente hospitalar, por médico autorizado.

O que é eletroconvulsoterapia?

Agora que você já sabe que essa alternativa é segura e aprovada por órgãos oficiais, vale entender o que é eletroconvulsoterapia. O método induz convulsões com uma corrente elétrica que passa pelo cérebro.  

De acordo com o artigo Uso da eletroconvulsoterapia, publicado pela Associação Brasileira de Psiquiatria, o eletrochoque para depressão “ajuda a regular a liberação dos neurotransmissores responsáveis pela transmissão de impulsos de informações de um neurônio para o outro”.

A partir disso, o método apresenta resultados semelhantes aos proporcionados pelos antidepressivos, mas com resultados mais rápidos e efetivos. Estudos recentes também demonstram que entre 50% e 60% dos pacientes alcançam remissão rápida do quadro depressivo, em comparação aos tratados com farmacoterapia.  

Eletroconvulsoterapia nos dias de hoje

Apesar da polêmica envolvendo o assunto, a eletroconvulsoterapia nos dias de hoje é reconhecida internacionalmente e utilizada em casos graves de depressão. Até o momento, diversos avanços técnicos e científicos foram incorporados ao procedimento.

São utilizadas anestesia, bloqueadores neuromusculares e medicações coadjuvantes, aumentando o conforto e o bem-estar dos pacientes. Além disso, o eletrochoque para depressão é realizado apenas em ambiente hospitalar, na presença de uma equipe multidisciplinar, incluindo o psiquiatra e o anestesista.

O consentimento do paciente é necessário. Ele deve ser feito por meio de um formulário específico, entregue na presença de um responsável ou uma testemunha. Os sinais vitais, como pressão arterial e frequência cardíaca, são monitorados durante as sessões, oferecendo mais segurança ao indivíduo.

Quem pode fazer o tratamento de eletrochoque?

O tratamento de eletrochoque pode ser feito por pessoas adultas, idosas e gestantes, conforme a avaliação médica, que sofram com depressão resistente. É preciso investigar outras condições médicas que podem afetar a resposta à ECT e aumentar os riscos envolvidos.

Recomenda-se cautela em caso de problemas cardíacos e neurológicos pré-existentes, além de outras comorbidades, como hipertireoidismo, glaucoma e doença renal.

Quais são os efeitos colaterais do eletrochoque para depressão?

O eletrochoque pode causar efeitos colaterais, geralmente, relacionados à cognição. Eles podem ser sentidos logo após as sessões, ocasionando desorientação, prejuízos na atenção e perda de memória.

Para alguns pacientes, os prejuízos cognitivos são leves e transitórios, enquanto para outros, podem ser mais intensos e duradouros.

Outros efeitos adversos que podem ocorrer são convulsões prolongadas, dores musculares, náuseas e cefaleia. Dependendo da intensidade dos efeitos colaterais, a frequência das sessões pode ser revista. Se for necessário, o tratamento pode ser interrompido.

Por conta dos possíveis efeitos indesejados, a Psiquiatria contemporânea utiliza a eletroconvulsoterapia como última opção, somente quando o indivíduo não reage a outros tratamentos. 

Nos quadros de depressão refratária aos antidepressivos, primeiro, recomenda-se tentar procedimentos menos invasivos, como infusões de cetamina e estimulação magnética transcraniana (EMT).

Quais são os tratamentos adotados pela Clínica Ór?

Para depressão resistente, a Clínica Ór adota infusões de cetamina e estimulação​ magnética transcraniana (E​​MT). Ambas são seguras, pouco invasivas e podem gerar efeito antidepressivo rápido. 

A Clínica Ór não utiliza a eletroconvulsoterapia (ECT) para tratar a depressão resistente. Nos raros casos em que o método é realmente necessário, o paciente é encaminhado a outros profissionais.   

Tratamento com infusões de cetamina

Segundo o Dr. Ivan Barenboim, “a cetamina age estimulando o cérebro a produzir as substâncias necessárias para a reparação dos danos causados pela depressão às redes de comunicação do cérebro responsáveis pela memória, pela aprendizagem, pela regulação emocional e pelo pensamento”.

Tratamento com estimulação magnética transcraniana

Já a estimulação magnética transcraniana “consiste no estímulo de uma área do córtex cerebral com campo eletromagnético, promovendo mudança no padrão elétrico de ativação. Assim, regula-se redes neurais disfuncionais na depressão, promovendo o alívio ou a remissão dos sintomas de depressão”, destaca o Dr. Barenboim.

Conheça os tratamentos inovadores para a depressão oferecidos pela Clínica Ór

Além do eletrochoque para depressão, existem tratamentos mais modernos, eficientes e seguros para o transtorno. Entre em contato com a Clínica Ór para conhecer terapias inovadoras, elaboradas para você ter uma vida mais feliz e saudável. A equipe de especialistas está pronta para atendê-lo!

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Clínica Ór Psiquiatria

Clínica dedicada ao cuidado e tratamento de saúde mental. Oferecemos uma abordagem abrangente e personalizada para cada paciente.

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