Depressão psicótica: conheça os principais sintomas, métodos de diagnóstico e tratamentos

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homem preocupado, sendo acolhido por uma mulher.

Segundo dados de 2020, divulgados pelo Ministério da Saúde, 15,5% da população brasileira sofre com algum tipo de quadro depressivo. Um deles é a depressão psicótica, caracterizada pela presença de alucinações e delírios.   

O transtorno gera dúvidas em muitos pacientes. Algumas vezes, é confundido com a esquizofrenia. Este artigo visa ajudar as pessoas que convivem com esse quadro. Continue acompanhando para aprender quais são os principais sintomas, como o diagnóstico é feito e quais são os tratamentos disponíveis. 

O que é depressão psicótica?

Primeiro, vale entender o que é depressão psicótica. Também chamado de psicose depressiva, esse quadro clínico é caracterizado por sintomas depressivos associados a sintomas psicóticos, podendo causar desconexão com a realidade.   

Os indivíduos podem ouvir vozes, ver objetos e pessoas que não existem ou acreditar que estão sendo perseguidos. Esse subtipo do transtorno depressivo se manifesta tanto em casos de depressão unipolar quanto bipolar. 

Depressão psicótica é esquizofrenia?

Como uma condição mental complexa, a depressão psicótica pode desenvolver sintomas únicos, já que o limite entre a imaginação e a realidade é facilmente ultrapassado. Por isso, não é estranho haver confusão entre ela e outros distúrbios, como a esquizofrenia. Assim, surge a questão: a depressão psicótica é esquizofrenia

O psiquiatra especialista em depressão, Dr. Ivan Barenboim, explica que, embora possuam características semelhantes, as condições são diferentes: “na primeira, enquanto os sintomas psicóticos decorrem do agravamento do quadro emocional, na segunda, os sintomas são crônicos e independentes do estado emocional do indivíduo”. 

Somente um diagnóstico preciso, realizado pelo especialista em psiquiatria, pode identificar corretamente os sintomas e apontar o melhor método para tratar o transtorno. Atualmente, existem diversos tipos de tratamentos. 

Quais são os sintomas da depressão psicótica?

Geralmente, os sintomas da depressão psicótica estão relacionados a um episódio depressivo maior, que inclui alterações de humor, irritabilidade, tristeza e angústia. Além disso, delírios, autopunição, sensação de culpa e inadequação social são comuns. 

Contudo, a maneira como a doença se manifesta pode variar segundo a gravidade da patologia e a condição mental do paciente. Entre os sintomas típicos, destacam-se:

  • alucinações;
  • delírios;
  • tristeza profunda;
  • mudança repentina de humor;
  • comportamentos estranhos;
  • sentimento de perseguição;
  • apatia;
  • medo;
  • falta de disposição física e mental;
  • distúrbios do sono;
  • isolamento social;
  • alterações cognitivas;
  • ideações suicidas. 

Como o diagnóstico da depressão psicótica é feito?

Para diagnosticar esse tipo de depressão, é necessário fazer uma avaliação criteriosa do estado físico e mental do paciente. Além da esquizofrenia, esse caso pode ser confundido com demência, transtorno mental orgânico e transtorno por uso de substâncias. 

Após a conclusão de que se trata de depressão psicótica, o psiquiatra ainda precisará investigar se a condição é unipolar ou bipolar, pois isso altera a tomada de decisão em relação ao tratamento. 

Quais são os tratamentos para a depressão psicótica?

A depressão com sintomas psicóticos deve ser tratada com medicamentos antidepressivos e antipsicóticos robustos. Dependendo do caso, isso pode ser alcançado com apenas um remédio, mas a combinação de psicotrópicos costuma ser necessária.  

Além dos tratamentos convencionais, a infusão de cetamina e a estimulação​ magnética transcraniana (E​​MT) são eficazes em casos de depressão resistente.

Essas terapias inovadoras podem oferecer alívio rápido dos sintomas, proporcionando uma vida mais estável e equilibrada ao paciente. No entanto, alguns cuidados adicionais também devem ser tomados. 

Tratamento convencional

O tratamento convencional consiste no uso de antidepressivos, associados a antipsicóticos, em conjunto com a psicoterapia. 

A combinação de fluoxetina com olanzapina parece ser a mais eficaz, conforme estudo publicado na revista médica Lancet, em 2024. 

Ainda assim, há pessoas que não melhoram com esses medicamentos. Nesses casos, deve-se buscar outros tipos de tratamento.  

Tratamento com cetamina

Originalmente usada como anestésico, a cetamina é recomendada nos casos de depressão maior unipolar, depressão bipolar e depressão com ideação suicida. 

O Dr. Ivan Barenboim explica que a cetamina só deve ser usada em casos de depressão psicótica após a remissão completa dos sintomas psicóticos, “quando a medicação convencional ajudou com a psicose, mas não com a depressão”, afirma o especialista. 

Após a remissão dos sintomas psicóticos, o protocolo inicial do tratamento com cetamina consiste em oito infusões, por um período de quatro semanas. Ele pode se estender a manutenções semanais ou quinzenais. 

Tratamento com estimulação magnética transcraniana (EMT)

O tratamento com estimulação magnética transcraniana (E​​MT) utiliza um campo eletromagnético para estimular uma área específica do cérebro. Ele promove a alteração do padrão elétrico da região, trazendo alívio ou remissão dos sintomas de depressão. Esse método deve ser usado em conjunto com os antipsicóticos nos casos de depressão psicótica. 

Tratamento com eletroconvulsoterapia

Esse tratamento consiste em provocar uma convulsão por meio de uma corrente elétrica no cérebro. Por ser mais invasivo e poder prejudicar a memória, ele deve ser considerado o último recurso. Por outro lado, ele tem a vantagem de ser eficaz para os sintomas depressivos e psicóticos. 

Depressão psicótica tem cura?

Se você chegou até aqui, notou que há opções de tratamento para esse transtorno, cada uma com vantagens e desvantagens. Agora, você deve estar se perguntando se a depressão psicótica tem cura

Apesar da gravidade dos casos, os tratamentos bem-indicados e bem-feitos podem gerar a remissão completa dos sintomas depressivos e psicóticos, diferente da esquizofrenia. No entanto, nem sempre isso acontece. 

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Clínica Ór Psiquiatria
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