Qual é a relação entre fibromialgia e depressão? Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a dor musculoesquelética em várias partes do corpo afeta 2,5% da população mundial. Até profissionais médicos têm dificuldade em reconhecer essa síndrome desafiadora.
Este artigo aborda o que é fibromialgia, quais são as similaridades da síndrome com a depressão e como tratar a condição que afeta tantas pessoas no mundo. Siga com a leitura.
O que é fibromialgia?
Primeiro, o que é fibromialgia? A síndrome dolorosa crônica é caracterizada por dor generalizada na musculatura. Ela pode se manifestar por meio de distúrbios do sono, ansiedade, fadiga, dor de cabeça, rigidez matinal e parestesia.
Considerada um distúrbio comum, que afeta diversas populações, a fibromialgia é predominante em mulheres entre 40 e 60 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia. A proporção de incidência da condição é de 8 a 10 mulheres para cada 1 homem.
Nos últimos 30 anos, essa síndrome recebeu notável atenção de pesquisadores e indústria farmacêutica. O resultado foi o aumento no número de publicações para compreendê-la melhor, inclusive investigando a relação entre fibromialgia e depressão, e aprimorar as opções terapêuticas disponíveis.
A partir desses estudos, a ciência sugere que a fibromialgia é uma condição heterogênea, com causas e origens múltiplas. Os pacientes frequentemente possuem outras doenças, como síndrome do intestino irritável, distúrbios de ansiedade, depressão e demais quadros reumáticos.
Fibromialgia e depressão estão relacionadas?
Uma pesquisa realizada em 6 países pela empresa global de saúde Viatris, sediada nos Estados Unidos, revelou que 49% das pessoas em todo o mundo afirmaram que a fibromialgia teve um impacto negativo significativo na qualidade de vida. No Brasil, o percentual saltou para 68%.
Então, a fibromialgia faz a pessoa ficar mais propensa à depressão? Sim, há uma associação significativa entre uma e maior risco de desenvolver outra. Isso acontece pela natureza crônica da condição, caracterizada por dor persistente, fadiga e outros sintomas debilitantes, que podem impactar negativamente o estado emocional dos indivíduos.
Qual é a ligação entre fibromialgia e depressão?
A relação entre fibromialgia e depressão é complexa e multifacetada. Muitas vezes, essas condições coexistem e podem se influenciar mutuamente de várias maneiras. Veja alguns pontos de conexão entre elas.
Sintomas compartilhados
A depressão compartilha alguns sintomas de fibromialgia, como fadiga, distúrbios do sono e dificuldade de concentração. Isso desafia a distinção dos sinais serem predominantemente devido a uma, à outra ou à combinação de ambas.
Dor crônica
A fibromialgia é caracterizada por dor musculoesquelética generalizada e crônica, que pode desencadear ou agravar os sinais de depressão.
Fatores neurobiológicos
Ambas condições estão associadas a alterações nos sistemas neurobiológicos, como a regulação dos neurotransmissores, incluindo a serotonina. Isso pode desempenhar um papel na dor crônica e nos sintomas depressivos.
Estresse e trauma
Experiências de estresse significativo e trauma emocional podem desencadear ou agravar tanto a fibromialgia quanto a depressão. Portanto, as duas condições podem compartilhar causas e gatilhos.
Apesar de fibromialgia e depressão estarem relacionadas, não é regra que uma seja ligada a outra. Nem todas as pessoas diagnosticadas com uma desenvolvem a outra.
Tratamento para fibromialgia
A fibromialgia não pode ser totalmente evitada, pois as causas exatas ainda não são completamente compreendidas. Por outro lado, algumas estratégias podem reduzir o risco de desenvolvimento ou minimizar os sintomas.
Então, quais são as abordagens que podem levar à melhora da qualidade de vida após o diagnóstico da síndrome? Os tratamentos para fibromialgia envolvem métodos multidisciplinares, que abordam tanto os aspectos físicos quanto os emocionais.
Isso pode incluir medicamentos, terapia cognitivo-comportamental, exercícios físicos adequados e estratégias de enfrentamento para gerenciar tanto a dor quanto os sintomas depressivos. Basicamente, os autocuidados para fibromialgia consistem em:
- medicamentos;
- fisioterapia;
- terapia ocupacional;
- psicoterapia;
- atividades físicas;
- gerenciamento de estresse;
- rotina regular de sono.
Abordagens inovadoras de tratamento para depressão e fibromialgia
Consultar profissionais de saúde, como reumatologistas e psiquiatras, é crucial para pacientes com fibromialgia obterem diagnóstico preciso e plano de tratamento adequado.
No entanto, há pacientes que sofrem de fibromialgia e não melhoram com as abordagens mais utilizadas. Nesses casos, é necessário buscar alternativas comprovadas cientificamente.
Uma delas é o uso da cetamina. A substância é estudada há décadas para o tratamento da depressão e da dor crônica. Os estudos comprovam a eficácia para ambos transtornos.
Outra técnica com eficácia comprovada para o tratamento da depressão e da fibromialgia é a estimulação magnética transcraniana (EMT). Ela consiste em utilizar um campo magnético para estimular uma área do cérebro.
Na fibromialgia, a área estimulada está relacionada ao processamento da dor, enquanto na depressão, estimula-se um centro de regulação emocional.
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