A Psiquiatria pesquisa e discute muito sobre as causas do transtorno depressivo. Por muito tempo, acreditou-se que a condição poderia ser dividida em dois subtipos: depressão endógena (ocasionada por fatores internos) e exógena (ocasionada por fatores externos).
Contudo, essa divisão não é simples e, atualmente, não é mais usada na Psiquiatria. Hoje, entende-se que a depressão é multifatorial, ou seja, costuma ser desencadeada tanto por tendência genética a certas alterações neurobiológicas quanto por eventos externos.
Este artigo esclarece o assunto e ajuda você a entender as diferentes formas de classificação da depressão. Continue acompanhando a seguir.
Existe mais de um tipo de depressão?
Ao longo da vida, uma pessoa passa por situações frustrantes, estressantes e injustas. Nesses casos, é natural reagir com tristeza, pessimismo e apatia. Portanto, esses sentimentos eventuais e isolados não levam ao diagnóstico de depressão.
Do ponto de vista clínico, o paciente é diagnosticado como depressivo quando há um conjunto de sinais e sintomas que prejudicam significativamente o funcionamento da vida dele por, ao menos, duas semanas.
Segundo o Ministério da Saúde, o transtorno depressivo pode ser classificado em sete subtipos, determinados de acordo com as características apresentadas pelo paciente. Um deles é a depressão endógena.
No entanto, apesar do termo constar em manuais médicos antigos, não costuma ser utilizado pela Psiquiatria atual.
O que é depressão endógena?
A depressão endógena seria um estado de saúde originado por fatores genéticos e neurobiológicos, relacionados ao mau funcionamento de certas redes neurais no cérebro, sem a interferência de situações externas. Isso significa que os indivíduos poderiam apresentar um quadro depressivo grave mesmo que tudo estivesse correndo bem em suas vidas.
Além da ausência de situações externas desencadeadoras, esse tipo de depressão era relacionada a quadros mais graves, com fortes sintomas emocionais e físicos, que deveriam ser tratados com medicamentos. Os pacientes apresentariam crises incessantes de choro, isolamento social, tristeza profunda e pensamentos suicidas.
Agora que está mais claro o que é a depressão endógena, vale compará-la com a exógena e aprofundar-se nas causas e nos sintomas depressivos em geral.
Qual é a diferença entre depressão exógena e endógena?
Ao contrário do transtorno endógeno, a depressão exógena seria desencadeada por eventos traumáticos ou estressantes. Alguns exemplos são: morte de entes queridos, perda de emprego e divórcio. Ela também causaria tristeza, culpa, inutilidade, impotência, ansiedade e outras reações características do transtorno depressivo maior.
Porém, a condição seria menos grave e poderia ser tratada somente com psicoterapia. Assim como acontece com a nomenclatura “endógena”, o termo “exógena” é antigo, pertencendo a um tipo de classificação não mais adotado pelos psiquiatras.
De acordo com o Dr Ivan Barenboim, “na grande maioria dos casos, há fatores endógenos e exógenos que contribuem para o desenvolvimento da depressão. Por isso, nós, psiquiatras, não usamos mais essa classificação”.
O que pode causar a depressão endógena?
Mesmo identificando quais são os tipos de depressão, as causas parecem ter mais de uma origem, englobando componentes biológicos, genéticos, psicológicos e ambientais. Além disso, fatores comportamentais, como sedentarismo, má alimentação e falta de sono, contribuem para o desenvolvimento do quadro.
Por isso, identificar o que pode causar a depressão é uma tarefa complexa, que exige uma análise clínica detalhada, incluindo exames laboratoriais para descartar certos distúrbios endócrinos e nutricionais que podem agravar o quadro.
Quais são os sintomas da depressão endógena?
Os sintomas da depressão endógena são os mesmos do transtorno depressivo maior da classificação psiquiátrica atual:
● desesperança e desamparo;
● angústia e ansiedade;
● mudanças no apetite e no peso;
● dificuldade de concentração;
● insônia ou sonolência excessiva;
● apatia;
● desânimo;
● irritabilidade;
● autodesvalorização ou culpa;
● desinteresse em atividades consideradas prazerosas;
● lentidão psicomotora;
● dores no corpo, principalmente na coluna e na cabeça;
● distúrbios gastrointestinais;
● comportamento autodestrutivo e ideações suicidas.
Quais são os tratamentos para a depressão endógena?
Independentemente do subtipo da doença, os tratamentos para a depressão devem ser conduzidos por um psiquiatra, médico especialista em saúde mental. Geralmente, são utilizados medicamentos antidepressivos, psicoterapia, infusões de cetamina ou estimulação magnética transcraniana (EMT).
Em alguns casos, pode haver a combinação de mais de uma abordagem clínica, principalmente quando a doença é mais grave ou resistente aos tratamentos mais simples. Além disso, mudanças no estilo de vida do paciente podem complementar os métodos adotados, incluindo prática de atividades físicas e alimentação saudável.
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